Breve reflexão sobre a unidade curricular Teoria e Desenvolvimento Curricular
A reflexão que faço desta unidade curricular em questão é bastante positiva. Até aqui não tinha uma noção tão esclarecida sobre o significado de curriculum. Esta cadeira ensina-nos que a elaboração de um curriculum é uma tarefa de grande dificuldade, uma tarefa que, necessita da colaboração de várias entidades relacionadas com o sistema educativo. O curriculum não pode ser produzido e depois aplicado por qualquer estabelecimento de ensino, mas sim, tem de ser elaborado conforme as necessidades de cada instituição.
Para enriquecer o curriculum há, determinadas palavras, que nos ajudam a elaborar o mesmo, palavras que se encontram interligadas para com este conceito de curriculum. Palavras como didáctica e planificação. Estas duas palavras encontram-se interligadas entre si. Para haver didáctica tem de haver uma planificação elaborada pelo professor que seja utilizada como guia no decorrer das suas aulas. A didáctica é da responsabilidade do docente. O docente implementa as normativas do curriculum colocando-as em prática. Para isso, o curriculum deve ser um documento flexível, pois, todos os alunos são diferentes. Têm tipos de aprendizagem diferentes, conhecimentos diferentes vindos do exterior da escola; todo isto devendo-se à grande diversidade que existe em volta da Escola. Com isto, podemos observar que as escolas se encontram cada vez mais em processo do Globalização.
A didáctica como foi referida atrás é da responsabilidade do professor, então de quem é a responsabilidade da elaboração do currículo? O currículo nacional é da responsabilidade do governo que elabora um currículo “igual” para todo o tipo de aluno. Este referido currículo não contempla a diversidade que nos é demonstrada no ceio da vida escolar. O currículo é visto como uma “corrida” tendo que ser percorrida pelos alunos. Percurso que ter um início e um fim; fim esse, que por certos alunos por vezes não é atingido em tempo devido. Cada ano lectivo apresenta metas que nem sempre são entendidas por todos.
Para que este fenómeno não decorra cada docente deve mondar o currículo consoante as suas necessidades. A isto chamamos de flexibilidade de currículo. O professor não tem poder para moldar o currículo enviado pelo ministério, mas pode utilizar a didáctica para elaborar essa moldagem, assim, consegue esta flexibilidade. O docente antes de elaborar a moldagem da didáctica que irá utilizar, terá de diagnosticar caso a caso, para poder depois, começar a trabalhar.
A escola é uma identidade que cada vez mais tem influência na educação dos seus alunos. Basta pensar que as nossas crianças passam cada vez mais tempo na escola longe da família, logo, a escola tem responsabilidade na formação destes indivíduos, no sentido de os preparar para viver em sociedade.
Educar é uma palavra muitas vezes utilizada quando falamos no conceito escola. Nesta unidade curricular tive a oportunidade de perceber, que esta palavra no seu significado mais primitivo significa conduzir para depois tirar. Conduzir a criança ao longo de parte da sua vida até que esta poderá mais tarde segui o seu caminho de forma autónoma. Tirar as potencialidades de cada indivíduo de forma a enriquecer a sua formação como cidadão.
O conceito de curriculum aborda todas as questões que podemos imaginar relacionadas com a instituição Escola. Os indivíduos não vão para a Escola só para adquirir um conhecimento académico, vão sim para adquirir outros tipos de competências. Competências como a saber estar com o outro; saber ser; saber e saber fazer; são árias da formação do indivíduo que hoje em dia têm de estar contempladas no curriculum de determinado pólo escolar.
Para finalizar de uma forma breve, nesta cadeira aprendi a dificuldade de agradar a todos. A grande diversidade, a globalização, dificulta o trabalho de um agente de ensino. Quando falo em agente do ensino não falo só em docentes, falo em todos aqueles que então relacionados com a formação de determinado indivíduo; funcionários, famílias e até mesmo os próprios alunos…
TDC - Teoria e Desenvolvimento Curricular
O meu Glossário desta Unidade Curricular:
- Desenho Didáctico
O desenho didáctico pode-se dizer como sendo todo o processo que um determinado docente tem de passar para poder transmitir o que está no papel (programa) para a acção. O professor elabora todo um processo de planificação até chegar ao desenho didáctico “ (…) é o professor quem proporciona a passagem de um documento institucional à acção, e fá-lo-á, ao desenvolver todo o processo de planificação até chegar ao Desenho Didáctico” (Maria, 2009, p. 30). Por isso, o professor é convidado a elaborar um esboço/desenho do que irá ser o seu método de ensino. Se formos olhar para o significado da palavra desenho chegamos à conclusão que, esta palavra quantifica a destreza de imaginação e capacidade de efectuar determinado projecto. “Neste sentido, o desenho é encarado tanto como processo quanto como resultado artístico”[1]. O resultado artístico neste caso em particular será uma forma de ensino, uma determinada metodologia a ser utilizada para atingir determinado fim. Quanto ao significado de didáctica, se olharmos para um significado baseado no dicionário podemos encontrar palavras como “arte de ensinar; o procedimento pelo qual o mundo da experiência e da cultura é transmitido pelo educador ao educando, nas escolas ou em obras especializadas”[2]. O processo que o professor acha que tem de percorrer para chegar a um sistema de ensino adequado. Este desenho não deve ser feito a solo, deve sim, ser um trabalho em equipa de forma colaborativa, partilhando ideias e experiências que podem ajudar na elaboração de um programa. Para elaborarmos um desenho didáctico temos de partir do desenho curricular onde as fontes do currículo identificados por Zabalza (2008) são um excelente ponto de partida. Uma atitude reflexiva e investigadora são aspectos fundamentais para este conceito de Desenho Didáctico.
Bibliografia:Maria, A. L. (2009). Perspectiva Pedagógico-didáctica da História. Santiago de Compostela: USC. Trabalho
policopiado – Trabalho de Investigação Tutelado, pp, 30-33
Sitografia:https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenho Consultado em 22-11-2010
https://www.dicionarioweb.com.br/did%C3%A1tica.html. Consultado em 22-11-2010
[1] (https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenho)
[2] (https://www.dicionarioweb.com.br/did%C3%A1tica.html)
- Experiência
A palavra experiência pode ser de uma forma bastante directa definida como a acção/realização de experimentar. Absorção de conhecimento pela prática da observação do outro, pela tentativa e erro. Uma aprendizagem que poderá ser realizada empiricamente. Experiência pode ser definida de um modo mais abrangente não sendo somente cingida pelo significado que nos aparece em qualquer dicionário. Esta palavra pode nos ser explicada seguindo o significado etimológico da palavra: uma viagem, um percurso que atravessa a vida de quem a sustenta (Kohan, 2000). “Experiência que abrange a vivência imediata de situações individuais e/ou coletivas e a sua elaboração investigativa, isto é, a experiência se realiza quando na vivência lançamos mão de dispositivos de observação, escuta, registro, análise, interpretação, reflexão e crítica do que se vivencia.” (Dante Tiné, 2004, p.1)
Bibliografia:Dante Tiné, S. (2004). Currículo, escola e comunidade: relações e possibilidades. Disponível em
https://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2004/cp/tetxt3.htm
- Inovação/mudança
Analisando estas duas palavras verificamos que se encontram interligadas com o conceito de currículo. O currículo sofre alterações ao longo dos tempos pois, as mentalidades também elas mudam tal como dizia Camões “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. Inovação é a palavras-chave para estas alterações, estas mudanças. Mudança que nos remete para algo que se praticava e agora se pratica de forma diferente, de forma oposta. Com isto, o currículo sofre uma mudança inevitável devido à evolução dos temos que, por si só nos obriga a uma mudança dos conteúdos programáticos do currículo. “Esta visão ecológica e problemática das decisões curriculares reclama também um novo paradigma de inovação/mudança, alicerçado numa concepção cultural e política…”[1]
[1] Alonso, L. (s.d.). Obtido de Do Projecto de "Gestão Flexível do Currículo" À Reorganização Curricular: https://www.cf-francisco-holanda.rcts.pt/public/acta5/acta5_8.htm
Resumo/Síntese
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Do Desenho curricular ao Desenho Didáctico
Currículo e desenvolvimento curricular implicam reflectir sobre os conceitos apresentados por Zabalza; conceito de programa e programação. Por parte das escolas e por parte dos docentes deve haver especial atenção para o enquadramento da escola com o local envolvente.
O docente deve adaptar-se ao programa de modo a definir as suas prioridades, tendo em consideração, o contexto social em que a escola se insere. É da responsabilidade do professor passar do documento para a acção. Com o esboço que ele fará da sua planificação chegará ao desenho didáctico.
Este trabalho de planificação deverá ser elaborado de forma colaborativa apresentando um trabalho de reflexão e pesquisa, tendo sempre em atenção, os princípios orientadores da escola e as fontes do currículo; alguns deles apresentados por Zabalza.
1.1 A flexibilidade do Currículo na promoção do ensino - aprendizagem
Deve-se considerar para além do Currículo formal o Currículo informal e não formal. Assim, podemos chegar a um Currículo flexível sem existir o conhecimento fragmentado.
De acordo com o autor Carneiro os quatro conceitos aprender a conhecer; aprender a ser; aprender a fazer; aprender a viver juntos; ajuda-nos a conseguir um currículo cada vez mais flexível transferindo o enfoque do ensino para a aprendizagem; reforçando a ideia de construi o conhecimento e não a ideia de adquirir.
Breve reflexão pessoal sobre o texto resumido:
Neste texto note-se a importância dada ao meio envolvente; meio social no qual uma determinada escola pode estar inserida. É um parâmetro ponderam-te para a elaboração de um determinado programa de objectivos para as várias áreas do saber. O docente para além de professor, para além de mero emitente de conhecimento científico, passa cada vez mais, a ser um transmissor de valores éticos.
As escolas têm na sociedade um papel cada vez mais elevado. O que antes havia como família instrumento para fornecer os princípios da “educação básica”, é hoje em dia, uma responsabilidade da escola. A escola deixou de ser só o local onde se aprende as matemáticas, o português, entre muitas outras áreas do saber, a escola é vista hoje como a família do “antigamente”. Cada vez mais há um alinhamento entre estas duas realidades.
Repare-se que esta situação de troca de papéis é perfeitamente normal. Veja-mos rapidamente alguns aspectos.
A família moderna é muito ocupada. Cada vez mais um pouco por todo o mundo se sente a dificuldade de arranjar o emprego de sonho, cada vez mais é difícil a conciliação de horários familiares (onde toda a família pode estar reunida). Os pais de determinada criança tanto pai como mãe trabalham o dia inteiro. O conceito de “mãe a tempo inteiro” hoje em dia é impensável. Com isto, podemos até dizer de alivio, ainda bem que existe um instituição chamada escola onde as crianças podem permanecer em segurança. Uma casa que dá parte daquilo que outrora era responsabilidade do ceio familiar.
Contudo, com este panorama pode nos surgiu uma de várias questões: Será que é responsabilidade da escola dar este tipo de ensinamento de valores morais?
No meu ponto de vista e na minha reflexão sobre este assunto em questão, penso que, nos moldes em que se encontra a sociedade dos dias de hoje, a escola tem de dar esta formação. Se não for a escola a dar quem a vai dar? Por isso, já se fala em flexibilidade de currículos, na conjugação do ensino formal, informal e não formal, no trabalho em equipa dos docentes na elaboração dos currículos, na pesquisa. “ (…) a atitude reflexiva e indagadora terá de ser a postura permanente dos docentes, no sentido de promover a melhoria”. (Maria, 2009, p.31)
Todas estas mudanças devem-se à evolução dos tempos, das mentalidades e do próprio conceito de globalização. A escola na sociedade moderna tende cada vez mais a ser o motor de resposta para a formação de indivíduos capazes de serem, um dia mais tarde, seres autónomos prontos para viver em sociedade.
Bibliografia:
Maria, A. L. (2009). Perspectiva Pedagógico-didáctica da História. Santiago de Compostela: USC. Trabalho policopiado – Trabalho de Investigação Tutelado, pp,30-33
Ficha de leitura Conceitos do Currículum
Segundo Lamas citado por Gomes (2009, p.22) a palavra curriculum deriva do latim tendo o significado de “pequena caminhada a percorrer”. O chamado pela Tutela de curriculum oficial tem como principal objectivo servir de condutor para dar seguimento ao Sistema Educativo.
O curriculum não pode estar parado sem qualquer tipo de alteração ou remodelação. Tem de estar em constante reavaliação e reestruturação. A sociedade encontra-se em constante alteração e cabe às escolas acompanhar a sociedade. Este é um processo de grande importância, a Escola tem de preparar indivíduos para o mundo exterior, por isso, este constante reavaliação do curriculum é bastante pertinente.

Ficha de leitura Conceitos do Currículum.pdf (137 kB)
Trabalho de Grupo: ”A Transdisciplinaridade na unidade didática”
Foi-nos proposto na unidade curricular de teoria do desenvolvimento curricular a elaboração de um projeto a implementar nas escolas do ensino básico.
Após a formação do grupo de trabalho, decidimos abordar a problemática da transdisciplinaridade na unidade didática, dando ênfase à Expressão/Educação Musical.
Desta forma iniciaremos o projeto por um enquadramento teórico, onde procuramos definir a unidade didática e a transdisciplinaridade e ainda realçar a importância da Expressão/Educação Musical como motivação para o processo de ensino aprendizagem.
Seguidamente ao enquadramento teórico faremos uma antevisão do projeto.
Posto isto, apresentaremos a pertinência da implementação do projeto e os objetivos que pretendemos com o desenvolvimento do mesmo, faremos uma caracterização da comunidade escolar e do meio envolvente.
Posteriormente delinearemos as metodologias que utilizaremos no plano de ação, começaremos por definir o tema que vá de encontro à motivação dos alunos, para encontrar um eixo estruturador (meio ambiente) que permita a articulação entre as diferentes disciplinas e uma interação entre as diferentes áreas do saber.
Finalizaremos o projeto com uma análise reflexiva do desenvolvimento do mesmo e assim concluiremos o trabalho.
