PDA - Psicossociologia do Desenvolvimento e Aprendizagem

Aprendizagem:

  • A aprendizagem a meu ver pode ser definida como a arte de saber ouvir, ver e tocar aprendendo com as diversas experiências que se vão adquirindo.
  • Ter o prazer de buscar o conhecimento quando este não está acessível.
  • A procura incessante de conhecimento sabendo depois aplicar esse conhecimento em situações para o qual essa informação poderá ser aplicada.
  • O ser humano é um ser que nasce com vontade de aprender com base na experimentação, por isso, a aprendizagem pode ser vista como a habilidade de aprender com base experimental.
  •  Com base científica tentando abranger várias áreas do saber em que cada uma dessas áreas possui um “mestre” que nos fornece instrução.
  • A acção de aprender, instruir-se, estudar na condição de aprendiz, exercício de principiante no início do estudo em uma área estabelecida.
  • A aprendizagem tem um início mas não tem um fim; começa no momento em que nascemos e termina no dia em que morremos.

     

A Dimensão Pessoal do Ensinar:

ensinar_a_dimensao_pessoal REFLEXÂO.pdf (29,6 kB)

Reflexão pessoal do artigo:

Depois de uma leitura atenta do artigo, vejo alguns pontos de interesse, visto que, nunca tinha parado para refletir sobre eles. Penso que, tudo o que é falado no artigo trata-se de cultura geral que vai sendo adquirida durante o nosso percurso académico (cultura essa que é assimilada de uma forma involuntária). Temas que não nos passam pelo pensamento mas que, eles estão lá nas nossas metodologias de sala de aula, na interação para com os alunos, na nossa transparência para com eles. 

O professor é o indivíduo com maior influência na sala de aula, neste ponto concordo plenamente, ele é o “condutor” das matérias que irá transmitir. É ele que vai traçar o caminho a percorrer seguindo linhas orientadoras de ensino. Ele é quem irá transmitir esse conhecimento. Isto não significa que, o professor seja o total detentor do conhecimento. Esse cenário é visto numa “civilização” passada, em que, o professor era o “mestre” do conhecimento, da aprendizagem. Hoje isso não pode acontecer, esse cenário é nos dias de hoje algo perigoso. Basta dizer que no passado não havia a busca do conhecimento facilitado como hoje. Hoje há por exemplo a internet, onde qualquer pessoa pode ter acesso pesquisando sobre os mais variados temas. O professor moderno é hoje constantemente colocado à prova. 

A influência pessoal que os professores têm sobre os alunos. Um ponto que vem mencionado no artigo no qual, no meu ponto de vista, deixa um pouco a desejar. Concordo com o facto da nossa forma de estar e de transmissão oral e expressiva pode influência a aprendizagem e até mesmo a forma de estar dos alunos; agora não estou tão convencido que, um professor não dê tanta atenção a um aluno de classe social mais baixa ou que as expectativas sobre o aluno são menores. Penso que se trata do contrário. Não digo que acha docentes que procedem deste modo mas, acho que, uma grande maioria dá mais atenção a um caso desta natureza. O professor pensa neste aluno como o “coitadinho”. Vive com dificuldades onde os valores transmitidos pela família não são da menor natureza. Há que o ajudar a ser um cidadão melhor quando autonomamente for inserido numa sociedade.

Ao contrário do ponto que mencionei no parágrafo anterior, concordo com os restantes três parâmetros que influenciam as expectativas do professor.

O aluno tem origem numa família monoparental, penso que, é um ponto com grande importância. A base da educação de uma criança é sem dúvida a família. Se na família dessa criança houver uma ausência parental, não irá afetar as expectativas do professor mas, essa mesma criança, irá sempre sentir-se diferente. Poderá colocar-se um pouco à parte da realidade presente no qual está inserida, logo, automaticamente irá baixar as possíveis expectativas primeiramente pensadas pelo professor.

O temperamento do aluno é lógico que interfere com a avaliação que um docente elabora perante determinado aluno. Este processo também influencia a forma como o professor comunica com o aluno. Se o aluno for agitado, o professor irá exigir mais calma e concentração mas, se o aluno for calmo, o professor neste caso irá querer um aluno mais participativo, comunicativo. Digamos que o professor nunca está contente com aquilo que possui. Quer sempre moldar uma turma a seu gosto, uma turma que, ele próprio considere perfeita. O professor não deve tirar juízos de valor baseados no temperamento, nem muito menos, tentar moldar o aluno à sua imagem como modelo de aluno perfeito. O professor tem de ser um agente que se molde conforme a realidade em que esteja inserido.

Em relação da diferença dos sexos, confesso que, nunca me tinha ocorrido este cenário. Concordo com o que está dito no artigo mas, nos dias que correm, penso que, esta realidade que nos é apresentado como certa, tem tendência a modificar. Já não vejo uma diferença tão vincada nos comportamentos dos sexos opostos. Agora parece haver uma espécie de “mistura”. As raparigas já se encontram mais irreverentes, autoestima alta assim como o nível de competitividade. O sexo feminino já não apresenta a tal “docilidade na aprendizagem” que nos é descrita no artigo.

Perante estas realidades, o professor não pode nem deve ser o “mestre”. Não pode ser uma tábua rasa sem qualquer tipo de sentimentos. Deve lembrar-se sempre que acima de professor é um ser humano, por isso, é natural a transmissão dos seus sentimentos perante uma turma. O professor não necessita ter medo disso, tem sim, de saber controlar para poder desempenhar o seu trabalho de forma profissional.   

 

"Mr. Holland - Adorável Professor"

 

Título: “Mr. Holland´s Opus” (titulo original)

Ficha Técnica

 

Realizador: Stephen Herek

Data da realização: 1995

Principais atores: Richard Dreyfuss (Glenn Holland); Glenne Headly (Iris Holland); Jay Thomas (Bill Meister); Olympia Dukakis (Principal Jacobs); William H. Macy (W.H. Macy); Alicia Witt (Gertrude Lang); Terrence Howard (Louis Russ); Jean Louisa Kell (Rowena Morgan); Nicholas John Renner (Cole com 6 anos de idade); Joseph Anderson (Cole com 15 anos de idade); Anthony Natale (Cole com 28 anos de idade).

 

Ideia Geral

Este filme conta a história de um músico que se vê forçado a lecionar. O personagem Glenn Holland é esse músico. Depois de se tornar professor Mr. Holland, como é tratado no filme, começa a elaborar um novo momento da sua vida. Momento esse que inicialmente ele não apreciava. Com o passar do tempo Holland começa a ganhar o gosto pela profissão de professor e, a partir desse momento, este docente começa por mudar a sua forma de agir perante aqueles que o rodeiam.

 

Análise do conteúdo

Época histórica: Parte da segunda metade do séc. XX, mas propriamente da década de 60 até à década de 90. Durante este período de tempo os Estados Unidos da América assistiram alguns acontecimentos históricos que são brevemente apresentados no filme. Como exemplo desses acontecimentos temos a morte do presidente Kennedy, a aparição dos Beatles nos anos 70 e falecimento nos anos 80 de John Lennon.

Localização desses acontecimentos no espaço: Colégio John F. Kennedy e habitação pessoal da família Holland

Personagens: Glenn Holland (Professor de Música); Isis Holland (mulher do professor Holland); Cole (filho da família Holland); Bill Meister (Professor de Educação física); Principal Jacobs (reitora); Vice Principal Walders (vice reitor); Gertrude Lang (aluna de clarinete), Louis Russ (aluno de bombo), Rowena Morgan (aluna de canto). 

Grupos em evidência: Vivencias dos alunos, corpo docente do colégio e seio familiar da casa Holland. 

Contexto de ação: A ação desenvolve-se em contexto académico em que Holland é desafiado a seguir a via de professor de música. A sua carreira como professor que no seu pensamento seria curta, no final das contas, foi a sua vida. Profissão essa que ele passou a amar, sendo o espaço de ação principal do filme, a sala de aula.

Problemáticas: Neste filme surge-nos bastantes problemáticas. O filme em si começa logo em sentido de problema. Mr. Holland vê-se obrigado a ser professor para equilibrar a sua vida financeira. Como não era o que ele queria fazer na realidade, tornou-se um problema difícil de ultrapassar. O seu sonho era ser um compositor e poder deixar a sua marca na história da música, não era, de forma alguma, ser professor a sua ambição.

O filme segue o seu rumo e logo nos primeiros tempos de aulas, Mr. Holland repara que não está a provocar impacto perante os alunos, nota-se sim, que os alunos não têm qualquer interesse por esta disciplina. O professor chega à conclusão que assim o seu ensino não funciona, por isso, ele muda o seu método de ensino na esperança de criar impacto nos alunos.

Surge depois um problema na vida pessoal do professor Holland. A sua esposa fica grávida dando à luz um menino, só que esse menino, veio a se descobrir mais tarde que era surdo. Esta situação afetou muito a vida da família Holland. A mãe vê no seu filho uma pessoa normal, já o pai, vê um filho que, por não poder ouvir, Holland pensa que o seu filho não o consegue compreender, pelo facto do pai ser músico e utilizar como primeiro recurso a audição. Assim, a família começa a entrar em conflito pelo facto do filho não ter a atenção do pai.

A última problemática que nos surge aparece-nos já no final do filme. A escola no ano de 1995 sofrer ordens para cortar o seu orçamento. O orçamento é aniquilado para a parte das artes, por isso, Holland terá de automaticamente perder o seu emprego.

            

Outros registos

Apreciação Crítica: Este filme representa muito bem o que um homem pode mudar. Glenn Holland um músico com um sonho, o sonho de ser com compositor. Um sonho que parece difícil de seguir, por isso, este homem toma a decisão de ser professor. Assim, poderia ganhar dinheiro para atingir a estabilidade financeira e, para que tudo fosse perfeito, Holland ao lecionar teria mais tempo para compor e para estar com a sua família. Este foi um facto que não se veio a verificar. Ser professor dava mais trabalho do que ele imaginava. Agora ainda menos tempo lhe restava para poder compor a sua música, por isso, ele decide dedicar-se um pouco mais com a docência. Começa a elaborar métodos de ensino para cativar o interesse dos alunos e, muito importante, começa a mudar a vida de determinados alunos com os seu “ensinamentos”.

Começa então a revelar-se um grande professor, um grande pedagogo. Afinal ensinar não era assim tão mau, passou a ser gratificante. A sua dedicação começou a ser tanta que Holland começa a ficar sem tempo para a família. Afinal ser professor não lhe facilitava a vida mas sim dificultava. Se antes de ser professor este músico tinha pouco tempo para fazer as suas tarefas pessoais, agora era impossível.

Durante o desenvolvimento do enredo do filme há um momento que eu considero muito importante. O nascimento do seu filho é um marco muito relevante neste filme. O filho que depois de algum tempo ter nascido a mãe repara que ele é surdo. Para a mãe o filho era como uma outra criança dita normal mas, para o pai, isso não era bem assim. O seu filho tinha uma deficiência auditiva e era complicado para Holland entender o pensamento musical do filho. Este facto arrastou algumas situações menos agradáveis. Foi difícil para este professor entender o filho. Uma mente muito fechada que não conseguia ver para além do “som audível”.

Não quero eu dizer que este homem era um mau pai, era sim, uma pessoa sem experiencia para entender estes casos. Quando Holland chegou à conclusão que o seu filho tinha uma grande sensibilidade para a música e, como ele era um excelente pedagogo, foi logo de seguida fazer uma pesquisa para poder dar música a ouvir para aqueles que eram surdos. Se este homem não teve sensibilidade para entender o filho, também é preciso dizer, que este senhor teve a sensibilidade para pelo menos tentar dar as mesmas condições que eram dadas aos meninos sem deficiência.

Glenn Holland uma personagem que retrata um professor maravilha. Retrata também um homem que pode mudar a sua forma de pensar. Ao fim de trinta anos de ensino chega ao fim e admite que esta era a sua vida e toda a gente retribuiu a sua dedicação, a sua simpatia, a sua metodologia de ensino que envolvia toda a gente, fosse bom aluno ou mau aluno.

Proposta de atividade de Natal

Neste trabalho foi proposto à turma elaborar uma pequena canção de Natal. Nesta canção as letras deveriam ser escritas pelos alunos de determinada turma, sendo a parte instrumental, também ela, algo inovadora. Uma atividade que desperta-se a nossa imaginação e a imaginação dos nossos alunos.

Com isto, surgui este trabalho que agora apresento. As letras para a canção foram escritas totalmente por alunos do 4º ano de escolaridade. Para preservar o seu anonimato, não será referenciado qualquer nome de aluno ou de estabalecimento de ensino.

Chegou o Natal

 

A neve a cair

E tudo a sorrir

A arvore enfeitar

E a estrela no ar.

De porta em porta

Cânticos a cantar

Vem aí o Pai Natal

Que prendas nos vai dar.

 

Chegou o Natal

Com todo o amor

Bombons com licor

É lindo o amor.

 

O Menino Jesus

 

Criado em Nazaré

Com o pai José

E com sua mãe Maria

Com felicidade e alegria.

 

Lindo e bem abençoado

O menino Jesus está descansado

Bela noite no centro da Luz

Os reis magos batem à porta Truz-truz.

 

Viemos do oriente

Com um presente

Trouxemos ouro, prata e mirra

Dizemos viva quando o menino espirra.

O Menino Jesus.mp3 (999,8 kB)

O Natal

 

O Natal com prendinhas

Muito lindas e fofinhas

Vamos comer bacalhau

Com felicidade que chegou o Natal.

 

Ouvia-se a neve a cair

E todos os meninos estavam a sorrir

A cantar e a dançar

Vamos todos o Natal curtir.

 

Os meninos a sorrir

Com cuidado para o presépio não se partir

O Pai Natal esse está a rir.

 

A Noite de Natal

 

O Natal está a chegar

O presépio vou fazer

As estrelas a brilhar

Os brinquedos eu vou ter.

 

A família junta eu vou ter

As rabanadas, o bacalhau

O bolo rei vou fazer

E ao Pai Natal agradecer.

 

Natal

 

Chegou o Natal

O que não está nada mal.

As crianças a sorrir

Pelos presentes que vão abrir.

 

As crianças estão a rir

Porque se estão a divertir.

Pois, presentes vão ter

E rabanadas comer.  

 

Na véspera de Natal

 

Na época do natal

Chega o pai natal

Os biscoitos ponho na lareira

E lá está a minha meia


À beira da minha meia

À muita brincadeira

São as crianças a brincar

E algumas a dançar.

 

Maria e José

Estão sempre lá ao pé

É por isso que o Natal existe

E acho que já viste.

 

O Natal

 

Vamos ter a casa cheia

Onde há muita brincadeira

Adultos a comer

Rabanadas e bolo-rei vais querer.

 

No Natal

Vem o Pai Natal

Todos vão gostar

Vamos todos festejar.

 

Natal

 

Chegou o Natal

Bolas e luzes a brilhar.

Gosto de tocar música

Porque tudo nela educa.

 

No pinheiro o calendário

Com chocolates abertos,

Tirei-os do armário

Comi-os todos pretos.

Trabalho de Grupo: "Aprendizagem - a inteligência e a motivação no desenvolvimento educativo"

O presente trabalho foi elaborado no âmbito da unidade curricular de Psicossociologia e Desenvolvimento da Aprendizagem. Tem como finalidade abordar e tentar clarificar a temática Aprendizagem, os fatores que condicionam e a importância da motivação para o seu desenvolvimento.

A aprendizagem, a inteligência e a motivação, são paradigmas complexos que necessitam de ser analisados com todo o cuidado tendo em conta a realidade onde são estudados, São conceitos abrangentes e dependentes de outros fatores. São conceitos que dada a sua complexidade são de difícil entendimento. São conceitos que se encontram relacionados e que não podem ser vistos de forma isolada.

Com o desenvolvimento do trabalho, pretendemos apresentar definições e prespetivas que vão de encontro á temática e mostrar de que forma se relacionam.

Uma vez que a nossa área é a música, consideramos que é pertinente estabelecer uma ligação que nos permita perceber a relação da temática com a música de forma a encontrarmos as melhores estratégias para a obtenção do sucesso no processo de Ensino/Aprendizagem da música.

O que é a aprendizagem?

“Aprendizagem é o termo utilizado para descrever o processo envolvido na modificação através da experiência. É o processo de aquisição de modificação permanente na compreensão, atitude, conhecimento, informação, habilidade e competência através da experiência”. Wittrock (1977, in Good & Brophy, 1990)

O que é a Inteligência?

“O conjunto de capacidade do indivíduo para actuar com propósito, pensar racionalmente, e para lidar eficazmente com o meio ambiente” (Wechsler, 1944).

Conceito de Motivação

A palavra motivação vem do latim movere, que significa "mover". A motivação é, então, aquilo que é suscetível de mover o indivíduo, de o levar a agir para atingir algo (o objetivo), e de lhe produzir um comportamento orientado.

“A motivação representa o aspecto dinâmico da acção: é o que leva o sujeito a agir, ou seja, o que o leva a iniciar uma acção, orienta-la em função de certos objectivos, a decidir a sua prossecução e o seu termo.” (Fontaine, 1990, p. 97)

“A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a acção, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objecto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. Na motivação está também incluído o ambiente que estimula o organismo e que oferece o objecto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objecto que aparece como a possibilidade de satisfação da necessidade.” (Bahia, 1999, p. 121)


Trabalho final da unidade curricular 1.pdf (657,9 kB)